Inteligência artificial transforma buscas e ranqueamento no Google

O comportamento dos usuários na internet mudou de maneira significativa, impulsionado pelo avanço das ferramentas de inteligência artificial (IA). Além das tradicionais buscas em motores como o Google, um número crescente de pessoas utiliza assistentes de IA, como ChatGPT e outros sistemas de conversação, para obter respostas rápidas e, possivelmente, mais contextualizadas.

Essa mudança traz implicações profundas para a otimização de conteúdo e o ranqueamento nos mecanismos de busca.

No início, as buscas na internet se baseavam na inserção de palavras-chave simples, como “hotéis baratos em Nova York”. Com o avanço da tecnologia e a sofisticação dos algoritmos de busca, os usuários passaram a formular consultas mais complexas e a esperar respostas mais detalhadas e contextuais. A popularização da IA conversacional ampliou essa expectativa ao oferecer resultados mais precisos, personalizados e preditivos.

Uma pesquisa realizada pela Ipsos, encomendada pelo Google e divulgada em outubro de 2024, revelou que 54% dos brasileiros entrevistados utilizam ferramentas como ChatGPT, Gemini ou Claude, seja para realizar buscas na internet, seja para obter suporte em tarefas como a redação de e-mails e de textos. O levantamento contou com uma amostra de 21.043 adultos entrevistados online em 21 países, com cerca de 1.000 participantes por nação.

O impacto das ferramentas de IA nas buscas e no ranqueamento

Ferramentas de IA de conversação, como Gemini (Google) e ChatGPT, redefiniram a dinâmica das buscas online. Com a capacidade de interpretar consultas mais complexas e apresentar respostas estruturadas, essas tecnologias reduziram a necessidade de navegar por diversas páginas para encontrar informações relevantes.

Essa mudança impõe desafios ao ranqueamento no Google. Com usuários focados em respostas diretas, as marcas precisam ajustar suas estratégias para manter a visibilidade, por exemplo, com:

• Maior foco em snippets destacados: trechos selecionados pelo Google e utilizados por IAs para responder diretamente às perguntas.
• Otimização para buscas por voz: consultas realizadas por assistentes virtuais costumam ser mais longas e conversacionais, o que exige uma abordagem diferente na escolha de palavras-chave.
• Conteúdo alinhado às intenções de busca: usuários priorizam respostas objetivas, úteis e adaptadas às suas necessidades imediatas.

Importância do ranqueamento no novo contexto de inteligência artificial

Apesar da ascensão das ferramentas de IA, o Google continua sendo a principal referência para buscas amplas e pesquisas aprofundadas. Seu algoritmo também evolui para integrar inteligência artificial, o que torna a otimização de conteúdo ainda mais estratégica.

O modelo MUM (Multitask Unified Model), por exemplo, aprimora a contextualização das respostas e prioriza conteúdos que atendem melhor às intenções de busca. Além disso, a empresa tem implementado, ainda que a passos não tão rápidos como se esperava, seu modelo treinado de IA generativa baseada no Gemini, que faz parte da iniciativa chamada Search Generative Experience (SGE).

Isso pode ser observado em pesquisas como “melhores cidades para visitar na Itália”, na qual o Google traz, antes dos tradicionais resultados de páginas, uma “visão geral criada por IA” com alguns links — apesar de experimental, os links de páginas apresentados são um grande diferencial em relação a outras ferramentas de inteligência artificial — como pode ser visto na imagem a seguir.

Logo na sequência são exibidas informações baseadas no modelo MUM, no contexto do Painel de Conhecimento (Knowledge Panel) do Google, com a integração de informações de múltiplas fontes e formatos de maneira contextual. O algoritmo não apenas exibe páginas relevantes, mas também pode apresentar comparativos, mapas e guias interativos.

Mas o que tudo isso implica na produção de conteúdos? De forma resumida:

• conteúdos fragmentados e superficiais perderão cada vez mais relevância;
• estratégias de SEO devem focar cada vez mais a experiência do usuário, com tópicos tratados de forma aprofundada;
• o uso de diferentes formatos (texto, imagens e vídeos) se torna ainda mais importante para ranqueamento.

Adaptação à nova era das buscas

Para manterem a competitividade, as empresas precisam compreender que o comportamento dos usuários está mais fragmentado. Eles alternam entre buscas tradicionais e sistemas de IA de acordo com suas necessidades. Isso exige uma abordagem holística:

• Ajuste conteúdos para snippets destacados: snippets destacados são respostas curtas e diretas que aparecem no topo dos resultados do Google, muitas vezes também são utilizadas por sistemas de IA para fornecer respostas rápidas. Por isso:
  • certifique-se de que cada página responda de forma clara a perguntas específicas;
  • estruture o conteúdo com subtítulos que contenham perguntas diretas, como “Como funciona o cashback?” ou “Qual a melhor época para viajar ao Caribe?”;
  • inclua tabelas de comparação, listas numeradas ou bullets, que são frequentemente destacados pelo Google em snippets.
• Aproveite as plataformas de IA de conversação: ajuste conteúdos e estratégias para que informações da sua marca sejam captadas por sistemas como ChatGPT e Google Gemini. Alguns exemplos do que pode ser feito:
  • adotar schema markup para estruturar dados no site, o que permite que IAs compreendam melhor informações como preços, descrições de produtos e horários de funcionamento;
  • atualizar FAQs (Frequency Asked and Questions) com respostas diretas e completas para questões comuns, como “Qual o processo para reembolso?” ou “Quais as vantagens do plano premium?”.
• Priorize a experiência do usuário: conteúdo bem organizado e fácil de acessar continuará sendo um diferencial. Melhore a velocidade do site, use cabeçalhos claros e ofereça resumos visuais, para facilitar tanto a navegação quanto a captura de informações por IAs.
• Acompanhe as tendências de busca: ferramentas como Google Analytics e Semrush ajudam a identificar termos que os usuários utilizam, especialmente em consultas longas. Baseie-se nesses dados para criar páginas que respondam a essas perguntas, organizadas com clareza e objetividade.
  

“A tendência é que os algoritmos do Google evoluam para avaliar a qualidade do conteúdo e a experiência do usuário, reduzindo a dependência da repetição de palavras-chave,” explica Joni Salminen, pesquisador no Qatar Computing Research Institute e na Turku School of Economics, no estudo “Using Machine Learning to Predict Ranking of Webpages in the Gift Industry: Factors for Search-Engine Optimization”, publicado pela Universidade de Turku, na Finlândia, com colaboração do Qatar Computing Research Institute (QCRI), da Hamad Bin Khalifa University (HBKU).

Desafios dos times de marketing frente às novas demandas de buscas e IA

Implementar estratégias que atendam às exigências dos motores de busca e plataformas de IA apresenta desafios significativos para times de marketing. Embora os benefícios sejam claros, as complexidades envolvidas frequentemente ultrapassam as capacidades de equipes internas. 

Entre os principais desafios, destacam-se:

• Falta de expertise técnica: conceitos como schema markup, snippets destacados e otimização para buscas conversacionais exigem conhecimentos um pouco mais avançados. Equipes de marketing tradicionais podem não ter profissionais preparados para lidar com essas demandas, o que resulta em esforços mal direcionados e pouco efetivos.
• Limitações de recursos internos: equipes de marketing geralmente assumem uma carga ampla de responsabilidades, como gestão de campanhas e redes sociais. Adicionar tarefas relacionadas à otimização para IA e motores de busca pode sobrecarregar os profissionais e comprometer a qualidade do trabalho.
• Custos elevados de contratação e treinamento: ampliar a equipe interna com especialistas em SEO técnico ou análise de dados exige investimento. Além disso, ferramentas específicas e treinamentos aumentam os custos e consomem tempo.
• Dependência de ferramentas avançadas: o sucesso nessas estratégias requer o uso de tecnologias como Google Analytics, Semrush e plataformas de IA. Muitas empresas enfrentam dificuldades para adquirir, configurar e manter essas ferramentas, além da dificuldade de capacitar equipes para operá-las com eficiência.
• Risco de falhas estratégicas: sem a experiência necessária, iniciativas mal executadas comprometem o desempenho e a visibilidade da marca. Problemas como erros em conteúdos otimizados para snippets ou configurações inadequadas de schema markup prejudicam o ranqueamento podem gerar penalizações nos motores de busca
• Produção de conteúdo raso: escrever bem é uma habilidade frequentemente subestimada por muitas empresas, que acreditam que “qualquer um pode fazer isso” — afinal, todos aprendem a ler e escrever, certo? Essa percepção se intensificou com o avanço da inteligência artificial generativa. Embora o desenvolvimento de redatores juniores possa representar uma boa decisão, é importante lembrar que a evolução na escrita exige tempo, prática constante, domínio das normas gramaticais e leitura frequente. Por isso, é crucial contar com profissionais mais experientes para garantir qualidade e profundidade no conteúdo, principalmente se apostar em IA para escalar a produção.

Contratar uma agência de marketing de conteúdo é a solução?

Contratar uma agência especializada em marketing de conteúdo pode ser a solução mais viável, tanto do lado financeiro quanto do estratégico. Essa abordagem oferece vantagens como:

1. Acesso imediato a um time experiente (mas isso depende da agência!)
   Uma agência confiável tem cases de sucesso e conta com especialistas em todas as áreas essenciais para implementar estratégias eficazes de conteúdo. Isso elimina a necessidade de recrutar, integrar e treinar novos profissionais, o que acelera a execução e os resultados.
2. Redução de custos
   Embora o investimento inicial em uma agência parceira possa parecer elevado, ele se torna mais vantajoso a médio e longo prazos. O custo de um serviço completo é inferior à soma de encargos trabalhistas, treinamentos e aquisição de ferramentas necessárias para expandir uma equipe interna.
3. Flexibilidade e escalabilidade
   Agências oferecem a capacidade de ajustar recursos de acordo com as demandas específicas da empresa. Se a produção de conteúdo precisar aumentar durante períodos de alta demanda, o parceiro se adapta sem comprometer prazos ou qualidade.
4. Foco em resultados
   Ao contratar uma agência, as empresas liberam suas equipes internas de tarefas operacionais e podem direcioná-las para outras necessidades.

A inteligência artificial redefine buscas e ranqueamento, o que torna indispensável criar conteúdos estratégicos que atendam às intenções dos usuários e saber fazer ajustes técnicos em sites e blogs.

Com mais de sete anos de experiência, a Prosperidade Conteúdos antecipa mudanças no mercado digital e ajuda marcas a se adaptar às novas dinâmicas das buscas na era da inteligência artificial. Nossa equipe conta com profissionais qualificados, como especialistas de SEO, dados e jornalistas com experiência consolidada para desenvolver materiais de alta performance, alinhados às tendências mais recentes.

Nossa metodologia exclusiva transforma cada projeto em um case de sucesso, pois combina qualidade editorial e resultados mensuráveis. Grandes marcas confiam em nosso trabalho para fortalecer a presença digital e se destacar em um cenário no qual a inteligência artificial altera profundamente o comportamento dos usuários.

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